Reforma da Fortaleza de Santa Cruz da Barra
A Fortaleza de Santa Cruz foi a primeira fortificação construída para a defesa da entrada da Baía de Guanabara. A Fortaleza teve papel decisivo em diversos momentos da história do Brasil, impedindo invasões francesas e holandesas. Enquanto presídio, recebeu figuras ilustres como José Bonifácio, Bento Gonçalves e Euclides da Cunha.Durante a Revolta da Armada, lutou contra o Forte de Villegaignon.. Em 1922, na Revolta Tenentista, disparou contra o Forte Copacabana. Seu último disparo, contra cruzador Tamandaré, foi dado em 1955.
Considerado um dos grandes exemplares da arquitetura colonial portuguesa, a Fortaleza de Santa Cruz foi construída em 1567, na entrada da Baía de Guanabara, e atrai visitação de cerca de 180 mil turistas por ano
A Fundação Cultural Exército Brasileiro encerrou no dia 28 de dezembro de 2003, com uma, cerimônia às 10h30, a primeira fase das obras de restauração da Fortaleza de Santa Cruz
A primeira etapa das obras de restauração foi iniciada no fim de 2002, com patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dentro da Lei Rouanet de Incentivo à cultura. Além da retirada e substituição das telhas, o projeto de restauração envolveu, nessa fase, a recuperação do emboço (primeira camada de argamassa, que serve de base ao reboco)
e pintura externa, impermeabilização da laje do Pavilhão de Comando e do Salão de Pedra. Segundo a Fundação Cultural Exército Brasileiro, a principal obra realizada, entretanto, foi a implantação do esgotamento sanitário que, através de filtros, garante que as águas da baía fiquem livres da qualquer poluição. Esta é a segunda restauração da Fortaleza.
A primeira, em 1896, foi feita depois dos estragos causados pela Revolta da Armada. A próxima etapa das obras envolverá, principalmente, a restauração do armamento, para evitar que a água das ressacas entre
nas casamatas e prejudique os canhões originais da fortaleza.Segundo a Fundação, serão necessárias também obras para proteção das pedras cortadas e numeradas em Portugal, usadas para erguer a muralha do forte, com o objetivo de prevenir infiltrações. Para isso, terão de ser ouvidos técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que apontarão as obras necessárias e levantarão os custos preliminares. Após a definição do planejamento, a Fundação Cultural Exército Brasileiro voltará a buscar patrocínio para o projeto junto ao BNDES.